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Chega de silêncio, chega de feminicídio!

  • comunicacaoelianab
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura

Artigo por Eliana Bayer – Deputada Estadual


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Estamos em pleno Agosto Lilás, mês de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher. Mas, ao invés de celebrarmos avanços, seguimos contabilizando vítimas. Vítimas de um sistema que ainda falha em proteger; de uma cultura que normaliza o controle, o abuso e a violência. E a pergunta que ecoa, mais uma vez, é: até quando?


Nos últimos dias, o país inteiro foi abalado por dois casos brutais de feminicídio e tentativa de homicídio. No Rio Grande do Norte, uma mulher foi espancada dentro de um elevador, em plena luz do dia, diante das câmeras de segurança, com mais de 60 socos desferidos pelo próprio companheiro. Um ato cruel, cometido com a naturalidade de quem se sente impune.


Menos de duas semanas depois, o horror se repetiu, agora em Brasília. Mais uma mulher foi agredida dentro do elevador de seu condomínio, desta vez por um empresário de 55 anos. Ela foi hospitalizada com fraturas no rosto e edemas pelo corpo. O padrão se repete: companheiros violentos, covardia explícita, e vidas destruídas.


O que também me traz aqui é a tragédia ocorrida em Alegrete, minha cidade natal, no interior do Rio Grande do Sul. Eduarda, de apenas 21 anos, foi assassinada com 127 facadas pelo próprio companheiro. Um crime monstruoso que não deixa espaço para eufemismos. Eduarda foi silenciada de forma cruel e deixou três filhos pequenos, que agora crescerão sem a presença da mãe, também vítimas dessa violência que não escolhe CEP, idade ou classe social.


Até quando vamos tolerar esse cenário? Até quando vamos enterrar Eduardas, Marias, Julianas? Agosto Lilás não pode ser apenas uma campanha institucional ou uma data no calendário. Precisa ser um grito coletivo. Um chamado à responsabilidade das autoridades, das instituições, das famílias e de toda a sociedade. As mulheres não podem ser apenas mais um nome em estatísticas. Elas têm rosto, têm história, têm voz e, exigem, com urgência, um país onde viver não seja um ato de coragem, mas um direito garantido.


 
 
 

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